quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Decisões

Gente, como tem hora que a vida coloca no nosso caminho tantas decisões concomitantes! rsrs Não é bifurcação não, é ramificação mesmo! rs Bem, ainda bem que temos o livre arbítrio, que nessa hora não parece tão livre assim quando pensamos que uma decisão implica uma escolha de outro questionamento necessáriamente. Complicado, né?
E quando a gente cresce parece que tudo piora. Como diz o grande Mestre Alessandro Tocafundo, quando a gente vira GENTE. Caramba, como é difícil virar gente. Brincar de ser responsável parecia ruim, mas vejo agora que não era ruim assim... quando a vida começa a cobrar (e vida significa não só nós mesmos mas nossos pais e a sociedade)... contas a pagar, emprego, trabalho, RTs, etc. Tudo parece difícil. Mas sei que vai chegar uma hora que vou olhar pra essa época e dizer: como fui bobiiiiiiiiiiinhaaaaaa!!!! Sempre é assim!
Bem, a responsabilidade nunca ficou longe de mim, desde pequena. Primeiro pequenas grandes responsabilidades como cuidar da minha irmã (saco!), fazer meus deveres (o que cumpria direitinho!), ajudar nas compras de supermercado, ajudar a guardar as comprar, lavar as vasilhas no fim de semana ou colacá-las na lava-louça. (Detalhe: odeio lava-louças!!! Você tem que limpar tudo pra colocar lá dentro! O tempo que perderei limpando eu lavo tudo. Não entendo a utilidade, juro.)
Depois foi ir à escola sozinha, desde a quinta série. Primeiro não era tão longe da casa do meu pai, mas pedia a alguém pra me ajudar a atravessar a avenida perigosa que tem perto de lá, e que não tinha sinal na época (faz tempo, viu?!). Dois anos mais tarde eu ia pro centro da cidade todo dia, na escola nova. Puxa, já cheguei a ir dependurada na porta do busu pra não perder primeiro horário, mas depois vi que não valia a pena. Era mais responsável esperar outro e perder o primeiro horário.
Daí, na escola nova minha responsabilidade era o pagamento. Não que o dinheiro saísse do meu trabalho, mas o fato de enfrentar a fila do banco e a responsabilidade de carregar o cheque que valia tanto dinheiro (apesar da bolsa de 70%) era minha mão-de-obra. Isso foi ótimo pra mim.
Ainda na escola vendia chocolate. Era proibido. Eu sei, responsabilidade zero nesse quesito, mas era miha responsabilidade acarcar com meus custos de barzinho na sexta, McDonalds, sapatos e bolsas novas para ir fazer provas aos sábados, quando se podia ir sem o uniforme.
Sempre fui boa aluna. Não a mais exemplar, e nem com as notas top de boletim, mas responsável. Fazia meus deveres, prestava atenção nas aulas, e de alguma maneira me destacava entre os colegas não por comer os livros (o que eu odiava: passar o dia todo estudando!), mas por me dedicar da minha maneira e sair bem.
Na faculdade não foi diferente: bijouterias, chocolate e estágio me garantiram material de estudo, alimentação, acessórios e saídas nos fins de semana. Até hoje me pergunto como fazia o milagre da multiplicação! (Eis o mistério da fé, né?)
Bem, agora mestrado! Tá no finzinho, eu sei, e graças a Deus! Mas, puxa! Pesado, né?
E agora também trabalho: tudo que sempre quis fazer, dar aula. Amo de paixão o que faço! E a faculdade que trabalho é ótima... adoro mesmo! E indico. O outro emprego, também adoro: cálculo estrutural! Mas aí vem outras responsabilidades que estou começando a me acustumar ainda, e essas, digo com propriedade de quem ainda está no desafio: são beeeem mais sérias. Medo de errar (e não pode, não deve!), sei que as pessoas dependem de mim. Preocupo muito com o capital humano, com a vida do meu próximo. E me dói ver que o dinheiro às vezes faz coisas com as pessoas.... e elas não se preocupam com as outras. E, é nessa hora que a RESPONSABILIDADE que está em mim, que cultivo desde os primórdios de minha vida, bem como os valores adquiridos por meio de meus pais e mestres, age.
Ah! Se tudo pudesse ser mais fácil não teria graça. A graça é enfrentar o desafio da vida, e mostrar que quem manda na minha vida SOU EU!

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